Na primavera temos a época mais colorida do ano: são ipês, flores por todo o lado, como que deixando os dias mais leves, além da temperatura amena.
Tudo parece florescer de forma leve… Será?
Cada um de nós sabe a dor de mudar. O florescer talvez possa ser comparado ao abrir-se ao novo, ao deixar ir o que não serve, ao abrir mão do controle. É doído, difícil, leva tempo.
Nestes dias foi lançada a nova cor 2017 da Pantone, um tom leve de verde, que segundo a Pantone, traz o reviver, o repensar, o renovar e o reconectar com a natureza:
Se observarmos bem, todo o mundo passa por testes de força, caráter e moral. Estamos sendo sim, levados a pensar mais. A repensar. Nada mais adequado: repensar, reviver, renovar, reconectar.
Precisamos disso urgentemente.
Tal qual a semente, porém, há o tempo certo de florescer. Não existem fórmulas que funcionem de fora pra dentro. Talvez um adubo, um olhar atencioso a mais possam despertar, mas o florescer mesmo, esse só nós sabemos – e decidimos – a hora.
Somos um processo em desenvolvimento, o tempo todo. A cada dia melhores do que éramos ontem, se assim decidirmos.
Você pode até estar pensando que a primavera está no final e que não cabe falar de florescer. Mas a questão é justamente esta. Florescer, reconectar, depende do timing da nossa natureza.
A escolha é sempre nossa, os resultados também, eu costumo dizer. Sempre podemos escolher parar diante de algo ou agir em relação a isso. Sempre temos caminhos.
A melhor parte é que sempre que achamos que “perdemos o trem” vem verão e depois o outono e nos desfolha mais uma vez, com mais uma oportunidade de abrir mão do que não serve, deixar ir, para florescer logo mais após o inverno, cheios de novos aprendizados. Vamos juntos?
Como dica, leia de novo, ouvindo essa música que serviu de inspiração pro texto acima 🙂
*Publicado originalmente no site www.jogodedamas.me